 | |
Amigos e familiares no velório de Luana na manhã desta quinta (12)
| |
|
A estudante Luana Vieira Gregório, de 15 anos, que morreu após ser esfaqueada em uma briga na rua da escola estadual em que estudava, em Campo Grande, será sepultada nesta quinta-feira (12). Com tristeza, a mãe da adolescente, Katiúscia Rosa Vieira, de 31 anos, lembrou que a filha será enterrada no dia em que a neta completou 1 ano. “Presentearam minha neta com a mãe dela no caixão”, lamentou. Outra adolescente, amiga de Luana, também ficou ferida na perna durante a confusão.
A briga ocorreu na quarta-feira (11), na rua da escola estadual José Ferreira Barbosa, na vila Bordon, dez minutos após o fim das aulas do período matutino. Luana era aluna do 9º ano e uma das suspeitas, de 16 anos, também. Segundo o boletim de ocorrência, a outra suspeita é maior de idade e não estuda no colégio.
A escola suspendeu as aulas. Nesta manhã, alunos e colegas de Luana foram até o local vestidos de preto em protesto à morte da estudante.Segundo informações da Polícia Militar (PM), a suspeita, de 16 anos, teria começado a briga alegando que Luana estava com um perfume que causava alergia a ela. Outros jovens, alguns estudantes da escola, também se envolveram na confusão, totalizando cerca de 20 pessoas. Funcionários e moradores da rua tentaram dar fim à briga, que só acabou com as garotas feridas.
“Peço justiça. A vida da minha filha foi interrompida. Que não fique impune, que não seja só mais um caso”, disse Katiúscia ao G1.
A Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij) as circunstâncias do crime e os envolvidos na briga que levou à morte da adolescente. A informação é da delegada Rozeman Rodrigues. Até o momento, as suspeitas não foram encontradas.
Velório
Luana está sendo velada em uma capela na rua 13 de maio, no bairro São Francisco, e será sepultada às 14h (de MS) no Cemitério Jardim das Palmeiras. A filha da adolescente, de 1 ano, não foi levada para o local. "Deixamos ela com uma babá, é muito pequenininha ainda", comentou a mãe da adolescente.
No velório, familiares e amigos da adolescente também afirmaram que a suspeita da agressão estudava na mesma sala que a vítima e disseram ainda que a arma usada no crime foi levada até o colégio por outra pessoa.
Morte
Após abriga, a adolescente foi levada por familiares para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Devido à gravidade dos ferimentos, ela foi transferida por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Santa Casa de Campo Grande.
De acordo com Katiúscia, a filha teve duas paradas cardíacas no caminho para o hospital. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, as facadas atingiram o fígado da adolescente. Ela foi encaminhada para o centro cirúrgico e morreu na tarde de quarta.
G1
|
0 comentários