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sexta-feira, janeiro 24, 2014 |
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Valéria (esq.) com parte da equipe que atendeu a avó e a criança no hospital (Foto: Paula Resende/G1)
A equipe médica que atendeu o menino João Pedro Nascimento, de 5 anos, e a avó dele, a dona de casa Vilma Theodoro Nascimento, de 56 anos, que escaparam com ferimentos leves de um atropelamento em Anápolis, a 55 km de Goiânia, ficou emocionada ao assistir às imagens do acidente.
"Foi chocante, pois só depois pudemos ver a dimensão do que tinha acontecido com eles. Todos ficaram comovidos", afirmou ao G1 a coordenadora de enfermagem do Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), Valéria Carneiro.
No acidente, que aconteceu na tarde de terça-feira (21), as duas rodas do carro passaram por cima do garoto, que ficou de pé logo em seguida(veja vídeo abaixo). Ele e a avó sofreram apenas escoriações.
Segundo Valéria, quando a criança e a senhora deram entrada na unidade, seguiram direto para o setor de reanimação do Huana, onde são feitas as primeiras avaliações sobre o estado de saúde dos pacientes.
"Tínhamos a informação de que eles eram vítimas de um atropelamento e, por isso, foi realizado todo o protocolo para esses casos. O médico pediu, então, que os dois passassem por exames de raio X, que comprovaram que as lesões eram superficiais", relatou a chefe de enfermagem.
Valéria lembra que o menino perguntava sobre a avó o tempo todo. "Mesmo tão pequeno, ele demonstrou que estava muito preocupado com a saúde dela. A gente tentou acalmá-lo, mas ele só ficou tranquilo quando a encontrou. Ela também estava angustiada, pois tinha medo de que o garoto tivesse algum trauma na cabeça", contou.
Acostumada a ver situações mais simples, que terminam em morte, Valéria diz que a única explicação para o garoto não ter sofrido ferimentos mais graves seria um milagre.
"Dá para ver claramente que o pneu passou por cima do pescoço dele. Realmente só pode ter acontecido uma intervenção divina", disse a enfermeira.
O menino sofreu ferimentos na orelha e no queixo, mas teve alta do Huana no mesmo dia do acidente. Já a avó, que teve lesões nos pés e um corte superficial na cabeça, foi para casa na manhã de quarta-feira (22).
Vilma e o neto sofreram ferimentos leves: 'Foi um milagre' (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O acidente
Imagens gravadas por câmeras de segurança de uma casa mostram o momento em que as duas rodas do carro passaram por cima do garoto. O atropelamento foi provocado por uma colisão. No cruzamento da Avenida Bernardo Sayão com a Rua Uruana, na Vila Jaiara, um Honda Fit bateu em um Chevrolet Celta e, em seguida, colidiu com um Gol, que estava estacionado. Com o impacto da colisão, terceiro veículo atropelou a mulher e o neto.
Os dois caminhavam pela rua e, ao ver que o Gol foi atingido, tentaram subir na calçada. No entanto, eles não foram rápidos o suficiente e acabaram atropelados. Pessoas que passavam pela rua ajudaram as vítimas.
Um dia após o acidente, o menino contou que se levantou porque estava preocupado com a avó. "Eu achei que minha avó tinha quebrado a coluna e mais algumas coisas", disse João Pedro.
Vilma, que nasceu no Paraná e mora em Anápolis há 23 anos, contou que ainda não acredita que ela e o neto sofreram apenas ferimentos leves.
"Vi que o carro passou por cima dele, que levantou e veio na minha direção. Mas, quando percebi que saía sangue pela boca, orelha e nariz, achei que o crânio dele tinha sido esmagado. Só fiquei tranquila depois que os exames disseram que foi tudo superficial", afirmou.
Na manhã de quinta-feira, a avó e o garoto visitaram a Paróquia Divino Pai Eterno para agradecer por estarem vivos. "Eu senti que naquela hora não tinha mais para onde escapar, mas lembrei de Deus e ele nos salvou", disse Vilma.
VEJA O VIDEO
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