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sexta-feira, dezembro 02, 2016 |
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Os
corpos de 70 vítimas do acidente aéreo na Colômbia, a maioria de
jogadores e integrantes da comissão técnica da Chapecoense, iniciarão
nesta sexta-feira (2) a viagem de volta para casa. No acidente, morreram
71 pessoas e seis sobreviveram.
Às
8h locais (11h de Brasília) deve decolar do aeroporto José María
Córdova de Rionegro, que serve a região de Medellín, em um voo comercial
da Avianca o corpo de um cidadão venezuelano que morreu na queda da
aeronave da companhia LaMia, de matrícula boliviana, na madrugada de
terça-feira em uma zona remota a 50 quilômetros da segunda maior cidade
da Colômbia.
Uma
hora depois, um Hércules da Força Aérea Boliviana vai decolar da base
militar de Rionegro com os corpos de cinco cidadãos do país.
Às
16h (19h de Brasília) terá início o traslado, em três voos diferentes,
de 50 brasileiros falecidos. No mesmo horário devem decolar, em voos
privados, para o Brasil os corpos de 14 jornalistas que viajavam no
avião da Chapecoense para cobrir a final da Copa Sul-Americana contra o
Atlético Nacional.
"O
que mais queremos agora é voltar para casa, levar para nossa casa os
nossos amigos e irmãos, porque a espera é a pior coisa que existe",
disse Roberto Di Marche, primo do dirigente Nilson Folle Júnior, que
morreu na tragédia que comoveu o planeta.
O corpo de um cidadão paraguaio foi o primeiro a deixar a Colômbia, na quinta-feira em um voo comercial da Avianca.
Os cadáveres dos 71 mortos foram preparados para a repatriação por quatro funerárias de Medellín durante quase dois dias.
A cidade de Chapecó, Santa Catarina, se prepara para um grande velório em seu estádio, a Arena Condá, previsto para sábado.
O
local tem capacidade para 19 mil espectadores. O clube vai instalar
telões nas proximidades do estádio porque as autoridades calculam a
presença de quase 100 mil pessoas no funeral.
Os
corpos serão levados de Medellín para Rionegro - onde estão internados
em diferentes clínicas os seis sobreviventes da tragédia - em 35 carros
fúnebres.
"Fizemos
um grande esforço para que em breve estejam com suas famílias", afirmou
Juan Tavera, gerente de uma das funerárias responsáveis por preparar os
corpos.
Na
quinta-feira à noite foi celebrada uma missa organizada pela Funerária
San Vicente, a principal de Medellín, em homenagem aos mortos. Parentes
das vítimas compareceram à cerimônia.
As
autoridades colombianas, em coordenação com especialistas estrangeiros,
prosseguem com a investigação, que aponta para a falta de combustível
da aeronave. Mas as conclusões finais podem demorar até seis meses.
O
governo boliviano suspendeu na quinta-feira a licença da companhia
Lamia e destituiu altos funcionários do setor de controle aéreo do país.
O
representante da Lamia Gustavo Vargas afirmou que a aeronave não
cumpriu o plano de reabastecimento em Cobija, cidade boliviana na
fronteira com o Brasil, ou em Bogotá.
O
acidente cortou as aspirações da modesta Chapecoense, clube fundado há
43 anos e que teve uma ascensão meteórica desde 2009, subindo da série D
do futebol brasileiro até a série A em poucos anos, antes de alcançar a
final da Copa Sul-Americana, o segundo torneio continental mais
importante.(g1)
Category:
tragédia
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